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Sentidos dos Equinos - Parte 2: Olfato

O bulbo olfativo dos equinos é extenso e mede por volta de 30-35mm de largura e 20-25mm de profundidade, contendo cerca de 1066 genes olfativos e receptores químicos. Além disso, o órgão vômeronasal, um órgão olfativo auxiliar, se comunica entre a cavidade nasal e bucal, proporcionando a capacidade de obter informações olfativas secundárias, tais como a percepção de ferormônios e análise de cheiros desconhecidos. O Reflexo de Flehmen é um comportamento normalmente exibido por garanhões frente a ferôrmonios reprodutivos das fêmeas através do órgão vomeronasal. No entanto, esse comportamento não é exclusivo dos garanhões e também é demonstrado por fêmeas e cavalos castrados quando se deparam com cheiros diferentes do usual.

Além disso, o olfato também representa um importante papel social e reprodutivo, no reconhecimento entre indivíduos e identificação de possíveis concorrentes. Tal reconhecimento auxilia nas interações entre os animais, considerando o processo hierárquico existente na sua estrutura social. Isso também é verdadeiro quando consideramos a interação entre humanos e equinos. Nesse caso, o olfato dos animais também é utilizado para nos reconhecer e, mais ainda do que isso, para reconhecer os nossos estados emocionais. Segundo estudo de Lanata et al (2018), o odor de pessoas que passaram por situações estressantes foi o suficiente por causar alterações comportamentais e fisiológicas nos equinos. Isso é extremamente importante para entendermos como nós temos o potencial de influenciar os comportamentos dos animais. Essa influência é evidente durante manejos e procedimentos veterinários por exemplo. Em situações em que a pessoa se sente insegura, com medo do animal ou da situação, é natural que essa sensação também passe para o cavalo, já que ele detecta os ferormônios por nós liberados e entende que a situação é de alarme/vigilância.


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Figura: Epitélio olfativo dos equinos

Fonte: Morphological characterization of main and accessory olfactory systems of horses.

Kwang-Hyup Lee (2017).


REFERÊNCIAS


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